domingo, 1 de maio de 2022

Direitos animais moderados (texto traduzido do inglês + comentários meus)

 

Martin Clunes se junta à crescente lista de celebridades que pensaram que Direitos Animais não iriam tocá-los enquanto eles ajudassem a causa deles.

Direitos Animais moderados estão ao nosso redor. Na maioria dos casos, é uma forma cínica de sinalização de virtude. Celebridades e pessoas no mundo animal são tentadas por isso. A ideia é que se você dá algum terreno a ideólogos (em oposição a apenas ficar com o bem-estar animal progressivo com base na ciência) eles irão ou deixa-lo em paz ou ajudar a promover sua imagem pública. O problema é que a ideologia dos direitos animais é uma causa inevitavelmente extremista e uma vez que você entrou nela você irá perceber que é muito difícil para justificar meias medidas. Além disso, você irá se encontrar em uma realidade maluca que você ajudou a promover.

Piers Morgan: Durante seu tempo como editor do jornal britânico Mirror ele conduziu uma campanha apoiada pelos direitos animais contra animais nos circos. Desde então ele fez um argumento descarado à emoção contra a comunidade de caçadores, a despeito de seu provado registro conservacionista. Agora ele se encontra exasperado pela onda de veganismo de tendência sendo empurrado pelos convidados de seu show e outras celebridades.

Chris Packham: Sua carreira praticamente cresceu trabalhando em programas televisivos que usavam animais treinados por treinadores de circos. Destes dias (e até o presente) ele trabalhou junto de apresentadores televisivos que alegremente trabalharam com treinadores das mesmas raízes. O parceiro de seu pai esteve entre estes treinadores e amigos próximos com Mary Chipperfield. Packham decidiu impulsionar sua carreira com uma reputação sobre ser algo como um ativista pelos animais.

Indo um pouco como seu pai em uma discoteca, Packham foi atrás de todos os alvos do momento.

Este ano ele encerrou tudo ao ir com a moda vegana do momento durante o “Veganuary”. Foi uma manobra assustadora com Packham dizendo que ele tinha amigos da fazenda e ele tinha esperança de que isto poderia mudar mais fazendas para melhorar os padrões de bem-estar delas. Não, Chris, eu não achou que os fazendeiros irão agradecê-lo muito por popularizar o veganismo. Entretanto, tão logo ele mesmo declarou-se vegano ele alegou que foi contatado por “ultra-veganos” que o chamaram de “estuprador de vacas”, criticaram sua posse de animais de estimação, criticaram o fato de que ele come mel (um pecado clássico em círculos veganos) e criticaram o fato de que ele veste couro.

Jamie Oliver: Este chefe de cozinha da TV foi um saltador de onda clássico. Ele ingenuamente abraçou a tendência vegana como qualquer outra causa sinalizadora de virtude que ele fez no passado. Ele estava nisso cinco anos antes de Packham, o que é muito embaraçoso para querido e velho Christopher, que fez da ideologia de direitos animais moderados como parte de sua identidade pública. Oliver abraçou o “Mês Vegano Mundial” antes de existir o Veganuary[1].  Desde então ele dedicou um episódio inteiro de seu programa de TV ao veganismo e fez questão de atendê-los.

O problema é que Jamie Oliver não é um vegano. Ele é um chefe de cozinha que tem muitos restaurantes e apresenta programas de culinária convencionais que têm uma base esmagadoramente grande de clientes não vegetariana (ainda mais não vegana). Prover opções veganas não é o bastante para a mentalidade dos direitos animais. Resultado: recentemente o restaurante italiano de Jamie Oliver foivisado e assediado por manifestantes pelos direitos animais. Eles não se importam se você oferece opções veganas, Jamie. De qualquer modo, como vai o negócio dos restaurantes?

Sea World: Em uma desesperada tentativa de remediar o estrago causado pelo filme de propaganda pelos direitos animais “Blackfish”, O novo CEO do SeaWorld, Joe Manby, decidiu fazer um pacto com o diabo na forma da Humane Societyof the United States (HSUS). Manby realmente pensou que eles poderiam apaziguar a HSUS ao interromper com o programa de criação de orcas do Sea World e permitindo ao HSUS a lucrar por meio de seus parques.

O resultado é que o grupo pelos direitos animais de forma descarada retrata o Sea World como se fosse a puta deles, explicando que isso é apenas o começo do que irá acabar com o Sea World não tendo mais animais. Como se isso não fosse o bastante, o PETA e outros grupos pelos direitos animais não obtiveram o pedaço do bolo deles quando a HSUS fez o acordo, para que pudessem atacaram alegremente como antes.

O resultado final foi que Joe Manby deixou o cargo de CEO do Sea World em 27 de fevereiro de 2018 depois que a companhia aparentemente não melhorou os lucros dela apesar do apaziguamento com a indústria dos direitos animais.

Steve-O: A antiga estrela de Jackass que fez todas as 10 maiores celebridades hipócritas anti-circo percebeu que mesmo ele não podia lidar com a loucura com a qual ele se alinhou e agora ele não é mais oficialmente um vegano.

Apesar de fazer uma série de coisas questionáveis com animais que poderia enfurecer qualquer apoiador do bem-estar animal que se preze, Steve-O decidiu fazer vídeos para o PETA atacando o Ringling Brothers Barnum and Bailey Circus e uma vez que a onda arrefeceu, alegremente pulou para a onda anti-Sea World – onde ele foi preso por encenar um protesto bem estúpido.

Ele também de forma entusiástica aderiu a toda tendência de celebridade vegana com vigor. Entretanto, ele não estava pronto para veganos questionando seu status de vegano e o atacando verbalmente por não alimentar os gatos dele com uma dieta vegana assim como claramente falhar em sua própria dieta. Steve-O protestou nasmídias sociais dizendo que eles eram “combativos” e prejudicando a causa deles.

Previsivelmente ele recebeu pouca simpatia:

Um disse:

“Você protestou no Sea World mano. Você sabe que os peixes são sencientes e sentem dor como nós. Eles querem apenas viver como nós. Como um ativista pelos direitos animais vegano eu não vou voltar atrás. Isto não faz de mim ou qualquer outra pessoa combativa, mas isto mostra que nós temos a compaixão que você parece carecer“... “Aonde foi a tua compaixão? Parece que em sua postagem chamando os veganos e mensagens entre você e um dos meus amigos fazem de você Steve o combativo.” ... “É sobre ANIMAIS, não sobre pessoas e seus modos egoístas e egocêntricos”, outro disse.

"Vamos lembrar-nos das vítimas REAIS aqui, aqueles que são mortos sem sentido sem uma boa razão”.

Com mais uma afirmação:

"Você deveria dar um passo para trás e pensar sobre o fato de que agora você está discutindo ao lado do abuso animal... É genuinamente nojento o quanto você está desesperado para se desviar do fato de que você está completamente relutante em parar de abusar de animais por causa de suas experiências de gosto e conveniências”.

PetSmart: A gigante do varejo de suprimentos para animais de estimação PetSmart realmente pensou que eles estavam à frente da curva quando eles se juntaram ao movimento pelos direitos animais ao atacar os criadores de animais de estimação.  A PetSmart, a despeito de seu nome, promoveu a adoção em detrimento da compra de cães e gatos. Ela advogou o mantra “adote não compre” que viu muitos criadores de animais respeitáveis e dignos sendo injustamente agrupados com os parentes nefastos distantes deles. A companhia aparentemente até reuniu-se com organizações como HSUS e PETA para ajudar a definir o palavrão para criador de animais. Entretanto, tais estratégias de conciliação não deram certo com o PETA que de forma resoluta atacou a cadeia desde o começo dos anos 2000 até os dias atuais. Eles visaram tudo sobre o que a PetSmart faz, mas suas campanhas recentes têm sido focadas em suas vendas a varejo de vários animais. PetSmart agora está processando o PETA por suas táticas secretas e encobertas que se assemelham a táticas que foram vistas antes no mundo do circo.

Martin Clunes: Martin Clues, tal qual Chris Packham, é uma dessas celebridades que realmente pensaram que ele poderia ter seu bolo não-vegano e comê-lo na frente de seus camaradas dos direitos animais. Clunes, um ator que fez sua carreira do teatro ao sucesso do sitcom televisivo mainstream por meio de um papel desonesto em Dr Who e amizade com Harry Enfield, tornou-se um patrono da Born Free Foundation quando ele estava em sua ascensão cômica com o popular sitcom britânico “Men Behaving Badly”.

A caridade escolheu ignorar as várias aparições públicas de Clunes com animais treinados. Muitos dos vários dramas em que ele trabalhou desde que saiu de “Men Behaving Badly” têm requerido que ele trabalhe próximo a animais treinados, supridos por treinadores de animais britânicos bem conhecidos. Ele teve um pequeno problema em ser parte de feiras agrícolas em sua Dorset nativa, que ele entusiasticamente comparecia e regularmente apresentava uma série de apresentações animais. Estes eram principalmente animais domésticos e, portanto não estavam na mira dos melhores amigos para sempre, mas ainda assim isto é claramente contra a ideologia dos direitos animais que é parte da filosofia da caridade.

Clunes narrou e apareceu em um documentário de 2000 chamado “Born to be Wild” (Nascido para ser selvagem), que é um anúncio digno de vergonha para a Born Free Foundation. O filme mostra as tentativas desajeitadas e mal gerenciadas da beneficência na criação de animais enquanto tenta realocar um elefante de 26 anos na natureza. Depois de muitas tentativas embaraçosamente ruins para mover um elefante o exército de funcionários recorre a drogar o elefante e fica no entorno acertando a pobre criatura com paus com a intenção de fazê-la cair. Clunes usa uma tática de refutação inicial na narração “Parece cruel, não é?” antes de explicar que esta é a melhor forma de um animal ser movido de forma segura. A ironia aqui é que bons treinadores de animais saberiam como mover o animal com o mínimo ou mesmo nenhum stress e sem ter de recorrer ao risco de uma anestesia geral. Sem dúvida, isto é parte do argumento de Bem-Estar Animal pelas mãos no treinamento de animais em cativeiro, mas eu digressiono.

Em 2019 parecia que Clunes era um hipócrita pelos direitos animais moderados. Ele era a celebridade de mais alto perfil de um dos grupos pelos direitos animais mais estabelecidos e socialmente aceitos, uma instituição que foi criada com base um filme envolvendo animais selvagens treinados. No entanto, ele alegremente treinou com animais treinados em eventos ao vivo, TV ou filmes. Entretanto, ele estava prestes a levar as coisas ainda mais longe. Em maio ele apareceu em um episódio da série da ITV “My Travels and Other Animals” (Minhas viagens e outros animais) tomando parte em passeios turísticos de elefante. Passeios de elefante, se Clunes esteve prestando atenção, são um alvo regular dos grupos pelos direitos animais. Isto não é algo que um melhor amigo para sempre poderia prontamente ignorar, mesmo se Clunes pensou que ele poderia tentar o velho truque de refutação que funcionou no documentário dos melhores amigos pra sempre 19 anos antes, “Eu não tenho certeza se essa é uma ocupação adequada para o maior animal terrestre no planeta”. Eles pouco se importaram para a justificativa razoável do ator para passeios de elefantes e que isto é “uma vida mais amável que carregar toras pesadas”. Eles largaram o patrono deles como um carvão em brasa com o diretor executivo emitindo a declaração: “Nós podemos confirmar que, com muito arrependimento, Martin Clunes não é mais um patrono. Born Free sempre se opôs à exploração de animais selvagens de cativeiro para o entretenimento e interações humanas, incluindo elefantes de passeio”.

Como Clunes recua para a obscuridade, conspícuo por sua falta de comentário após anos sendo usualmente tão vocal nos ataques aos alvos dos melhores amigos para sempre, a imprensa online garantiu que o nome dele seja regularmente ligado a este incidente. Olhando para o enxame de comentários peçonhentos contra ele nas mídias sociais, talvez ele irá perceber o tipo de maldade irracional que ele ajudou a provocar no passado.

Quem é o próximo? 

O diretor de filmes James Cameron decidiu agir como o defensor vegano estereotipado e contar ao mundo sobre sua escolha alimentar. Cameron supostamente converteu-se ao veganismo cerca de sete anos atrás. Desde o ano passado ele vem discutindo um novo documentário chamado “The Game Changers” que analisa atletas que se converteram ao modo de vida vegano. Um teaser foi lançado e encabeçando a lista surpreendente de novos veganos estava ninguém menos que o velho companheiro de Cameron e estrela de seus filmes O Exterminador, Arnold Schwarzenegger. Schwarzenegger foi uma das maiores e mais bem pagas estrelas do cinema. Ele foi sete vezes campeão do Mister Olympia nos anos 1970 e desde então se candidatou como um político bem-sucedido. Durante seu período como o 38º governador da Califórnia Schwarzenegger desempenhou um ato de equilíbrio interessante. Ele era o ambientalista do Partido Republicano. Após deixar a política profissional ele de forma incompreensível tem sido crítico das políticas ambientais do atual presidente Republicano, Donald Trump (e quase todo o resto). Em 2014 Schwarzenegger apareceu no “Epic Meal Time Cooking Show” para criar um sanduíche de 80 mil calorias de bife e ovos.

Avançando alguns anos e Arnie tem sido visto vestindo camisetas com a palavra “Vegan” estampada nelas e clipes o mostram dizendo aos espectadores que é uma mentira que eles precisam comer carne para crescer músculos. Isto a despeito do fato de que durante toda a carreira de Arnold como um fisiculturista, levantador de peso e ícone cinematográfico que foi largamente construída sobre seu físico musculoso ele estava embalando muita carne junto com a ajuda artificial esperada. Quando os céticos apareceram, Arnie imediatamente retrocedeu. Acontece que não apenas ele não é um vegano, ele nem mesmo é um vegetariano ou mesmo um piscatariano. Ele provavelmente cabe em um título que deveria ser o redentor de todos os direitos animais moderados: o Flexitarian (ou Reductionarian). Este ainda está tendo alguns programas lançados por que – surpresa, surpresa – aqueles que estão empurrando a agenda vegana com todo o poder deles não irão fechar qualquer tipo de compromisso.

Astley’s legacy foi formada para contrapor-se à desinformação e propaganda espalhada pelos ativistas dos direitos animais. Como também lutar pelos animais de circos e pelos treinadores deles, nós estamos aqui para promover e celebrar a herança cultural do circo em geral, e especialmente no país de seu nascimento – Grã Bretanha. Para mais informações veja nosso grupo no Facebook:

Fonte:  Astley's Legacy - Animal Circus Facts and Fiction: Soft Animal Rights: Appeasement of an animal-apartheid ideology (circusthetruth.blogspot.com)

MEUS COMENTÁRIOS:

Lembram-se da J. K. Rowling, a autora de Harry Potter? Pois bem, durante muito tempo ela foi uma das grandes musas dos lacradores de plantão. Até que, certa hora, ela foi picada pela cobra que ela mesma alimentou nesse tempo todo. Em 2020 ela foi cancelada nas redes sociais por um grupo de justiceiros sociais de plantão sob a alegação de ser transfóbica e ofensas afins ao dizer que apenas mulheres menstruam e que outrora havia um termo específico para as pessoas que menstruam.

À época, cancelaram-na atores que fizeram parte dos filmes de Harry Potter e interpretaram personagens importantes neles, entre eles a Emma Watson (Hermione), Rupert Grint (Ronald Weasley) e Daniel Radcliffe (o próprio Harry Potter). Será que eles não se tocam do fato de que um dia eles podem ser os próximos cancelados da vez?

Foto – J. K. Rowling, a criadora da saga Harry Potter.

Outra que também andou dando endosso a esse tipo de pauta é a historiadora brasileira Lilia Schwarcz, autora de obras a respeito do Período Imperial Brasileiro (1822 – 1889) e da Primeira República (1889 – 1930). Entre outras coisas, a historiadora andou batendo palma em vídeos mais antigos no canal dela no You Tube a certos malabarismos linguísticos sob o pretexto do combate ao racismo. Até que em 2020 ela foi cancelada depois de tecer críticas em um artigo na Folha de São Paulo a um clipe da Beyoncé. E, a julgar pelo conteúdo do último vídeo dela a respeito do descobrimento do Brasil (no qual ela, entre outras coisas, não leva em consideração que durante o período colonial brasileiro era comum os indígenas se aliarem aos portugueses contra outros indígenas e que o indígena foi uma parte ativa no processo de colonização da América Portuguesa – e assim endossando uma visão politicamente correta da história do Brasil) ela ainda não aprendeu a lição que deveria ter aprendido há muito tempo.

Isso faz lembrar-me de um episódio recente do desenho South Park. Mais precisamente, um episódio das temporadas mais recentes, o sétimo episódio da temporada 23, “Board Girls” (“Meninas na mesa”, na versão brasileira), que aborda a questão dos transexuais no esporte feminino. Nesse episódio, salta aos olhos o seguinte fato: de que aparece uma família (mais precisamente, um casal heterossexual) que batia palmas para esse tipo de coisa. A ponto de achar maravilhoso, em nome da inclusão de minorias e da diversidade, a presença de atletas transexuais no esporte feminino. Mas, na medida em que o episódio transcorre, os mesmos começam a se dar muito mal e a serem picados pela mesma cobra que eles mesmos alimentaram nesse tempo todo.

South Park - Temporada 23, Ep. 7 - Meninas na Mesa - Episódio Completo | South Park Studios Brazil

E com pautas como direitos animais e veganismo a situação se repete da mesma maneira, como vimos nos casos citados acima. Basta alguém discordar da cartilha dos zelotes desses movimentos, por menor que seja a discordância em questão, que você é descartado e cancelado por eles.

A propósito, esses dias, navegando pelo Facebook, descobri a respeito da existência da página “Tripoli, você não tem o meu voto”. Os irmãos Tripoli (Ricardo e Roberto), nos últimos anos estiveram envolvidos em projetos de lei proibindo o uso de animais em circos, rodeios e vaquejadas. Tiveram sucesso com o primeiro, mas com os dois últimos não. A página em questão critica os irmãos Tripoli não por eles serem promotores da agenda dos direitos animais no Brasil e toda a mazela que isso vem trazendo, mas pela falta de radicalismo da parte deles. No fim das contas, isso é o que eles ganham por levarem adiante a agenda deletéria que eles mesmos vêm promovendo esse tempo todo.

NOTA:


[1] Evento iniciado em 2014 e fundado por Jane Land e Matthew Glover, que ocorre na Inglaterra anualmente em janeiro e organizado por uma organização não governamental britânica que promove o estilo de vida vegano.

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