sexta-feira, 15 de abril de 2022

A verdade sobre o Santuário de Elefantes do Tennessee (texto traduzido do inglês + comentários meus)

 

QUESTÕES:
- Alta taxa de mortalidade (17 mortes desde sua existência)
- Surtos de tuberculose (2009, 2010, 2012, 2014, 2015)
- Negar cuidado médico adequado
- Cuidado de pele e pé precário
- Uso de drogas sedativas em elefantes
- Os elefantes são mantidos em celas de aço e concreto
- Os elefantes têm lesões e machucados não tratados
- Exposição a frio extremo no inverno
- Uso de elefantes doentes/moribundos para obter “doações”.

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O Santuário de Elefantes no Tennessee (SET) não é um paraíso para QUALQUER elefante. A instalação é estritamente responsável por mais de 17 mortes, com ao menos dois elefantes morrendo a cada ano (o USDA[1] confirma que o STE tem a maior taxa de mortalidade de elefantes em qualquer instalação nos EUA). Causas de morte incluem TB (tuberculose), doença dos pés, mas a maioria delas classificadas como “desconhecidas” pelo SET. Múltiplos surtos de tuberculose ocorreram no SET – Ceifando a vida de sete elefantes.

A LISTA COMPLETA DE MORTES PODE SER ENCONTRADA AQUI:
http://www.elephant.se/location2.php?location_id=253&show=4
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É negado aos elefantes no SET o tratamento médico que é necessário, assim como tratamento precário aos pés e pele deles, que levou a doenças de pé como podridão do pé. O SET tem um histórico de uso de drogas sedativas nos elefantes deles – Quando Flora chegou, ela enlouqueceu e quase quebrou as barras de aço do cubículo dela e tem sido sedada desde então. Em 2009, o SET permitiu que uma elefanta chamada “Bunny” tivesse uma morte lenta e dolorosa. Bunny caiu do lado de fora, mas nunca a ajudaram a se erguer. Veterinários profissionais de animais exóticos recomendaram a eutanásia, mas o SET apenas manteve Bunny drogada com analgésicos antes que antes que ela fosse finalmente esmagada sobre o seu próprio peso 13 dias depois! O USDA citou o SET por negligência.

MOSTRADO AQUI:

Os elefantes no SET passam a MAIOR PARTE das vidas deles de pé em cubículos de puro concreto com barras de aço – sem substrato para aliviar os pés deles e prevenir artrite. É pura MENTIRA que eles entram e saem quando eles querem. Os cubículos podem ser até mesmo enferrujados e imundos – expondo os elefantes a muitas infecções ou doenças. Os elefantes não têm enriquecimento, então eles são deixados para ficar olhando as barras ou deitar no chão frio... Alguns elefantes até mesmo machucam a si mesmos, resultando em hematomas. A maioria é mantida isolada por períodos muito longos de tempo!


MAIS EVIDÊNCIA DE NEGLIGÊNCIA DO SET:









TRÊS MITOS SOBRE OS SANTUÁRIOS DE ELEFANTES (Geridos pelo pessoal dos direitos animais).

#1: "Todos os elefantes que chegam aos santuários são abusados e doentes” –  Absolutamente não. A maioria dos elefantes que estes santuários obtêm são saudáveis ou tomados de seus donos humanos legítimos, por causa deles ninguém deveria ter um elefante sob os cuidados deles, a não ser a faculdade deles. Há alguns casos de elefantes doentes ou maltratados, mas raramente. Para eles e a ideologia deles, todos os elefantes sob o cuidado humano são abusados e estão sofrendo...

#2: "Elefantes recebem o melhor tratamento possível nos santuários” – Definitivamente falso. Muitos zoológicos certificados e mesmo circos bem administrados dão aos elefantes deles tratamento melhor que alguns santuários. Elefantes em santuários não recebem o melhor tratamento de pé ou de pele – já que não são dados a eles banhos ou pedicures regularmente visto que Contato Livre não é usado. Espera-se que os elefantes tomem seus próprios banhos em lamaçais ou lagos. Os santuários são notórios por não proverem cuidado médico próprio e negar eutanásia humana a elefantes que estão mortalmente doentes ou desabaram. Surtos de tuberculose são mais propensos a acontecerem em Santuários, por que diferente de zoológicos ou circos, eles não verificam sinais de doença mortal semanalmente ou mensalmente, que também colocam em risco funcionários.

#3: "Elefantes em Santuários são felizes e livres” – Os santuários ainda assim são cativeiro, então lá não há liberdade. Não é porque eles têm acres para vagar e pastar que isso os torna livres. Vagar e pastar nem mesmo é exatamente um sinal de felicidade, é meramente a rotina diária do elefante. Há muitos casos nos quais elefantes nem mesmo se juntam ou parecem interessados com outros elefantes, em especial estranhos com os quais eles não cresceram. Os santuários de elefantes são até mesmo hipócritas – já que eles têm os elefantes deles em baias enjauladas, ainda os amarram e os expõem a um clima muito frio por longos períodos.

NOTA: NEM TODOS OS SANTUÁRIOS DE ELEFANTES CONSIDERADOS SÃO RUINS, POR FAVOR, APOIE ESTAS INSTALAÇÕES VERDADEIRAS QUE SÃO LAR PARA ELEFANTES APOSENTADOS:

- Endangered Ark Foundation (https://www.endangeredarkfoundation.org/)
- Riddle's Elephant Sanctuary (https://www.elephantsanctuary.org/)
- Elephantstay (​http://elephantstay.com/)

Fonte: TRUTH ABOUT TES - Bring Nosey Home (weebly.com)

MEUS COMENTÁRIOS:

O que o pessoal dos direitos animais parece ignorar é que, como dizia o ilustre e saudoso Roberto Avallone (que Deus o tenha em boas mãos), uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Uma coisa é o elefante em seu habitat natural, que nasceu, cresceu e viveu uma vida toda em uma manada ao lado de outros elefantes. E outra bem diferente é o elefante criado sob o cuidado humano. Que por sua vez acaba estabelecendo laços com seus tratadores e até mesmo com outros animais. Digamos que para um elefante como o Sandro, criado em cativeiro desde tenra idade, a manada dele são os tratadores humanos deles. É que nem um cachorro que considera a família humana dele como se fosse a matilha dele (e depois essa mesma gente se estarrece com os ditos negadores da ciência que professam coisas como terraplanismo e criacionismo).

No último texto que traduzi e postei no blog, “quatro razões pelas quais você não pode boicotar circos ou zoológicos” (tirado do mesmo site do presente texto, diga-se de passagem), uma passagem que me chama muito a atenção é uma do prefácio que coloca em dúvida se por um acaso tirar animais de circos e zoológicos irá acabar com o assim chamado “abuso” e se isso está ajudando de fato os animais ou lhes trazendo mais mal que bem. Pois bem, casos como o do Santuário de Elefantes do Tennessee mostram o contrário do que os zelotes dos direitos animais apregoam por ai.

É que nem o caso do cigarro, sobre o qual o Olavo de Carvalho (vulgo Sidi Muhammad Ibrahim Isa) falou em várias ocasiões. Não tenho lá grande apreço pelo Olavo de Carvalho (finado em janeiro desse ano), por conta de uma série de posicionamentos políticos dele (sobre os quais não cabe aqui me aprofundar).

Mas há algumas coisas com as quais eu concordo com ele, e uma delas é quando ele toca na questão dos interesses nebulosos da indústria farmacêutica (vulgo Big Pharma), o questionamento da lisura dessas campanhas contra o cigarro e em favor da liberação de narcóticos mais pesados como maconha e cocaína e da verdadeira finalidade das mesmas. Que, como ele mesmo falou várias vezes, nada tem haver com saúde pública, e sim com controle e engenharia social.



Em algumas ocasiões ele citou o exemplo da Califórnia. A Califórnia é atualmente o Estado dos Estados Unidos que de modo geral vem se mostrando o mais neurótico no que tange às assim chamadas pautas progressistas, incluindo a pauta contra o cigarro e também a pauta pelos direitos animais (vide o Projeto de lei do Senado 716, de 2015, que prevê, entre outras coisas, a proibição do uso da guia especial no manejo e adestramento de elefantes, chamada de ankus na Índia e pejorativamente chamada em inglês de “bullhook”). A despeito de toda a campanha que se fez contra o cigarro na Califórnia, a ponto de nos últimos 20 anos reduzir-se em um terço o número de fumantes, o número de casos de doenças pulmonares e cardíacas não diminuiu em nada e o número de casos de asma quadriplicou.

E com o assim chamado movimento pelos direitos animais é a mesma coisa. O mesmo esquema de engenharia e controle social cujos zelotes dizem lutar pelo bem estar animal, mas que na verdade apenas os usa como instrumento para levar adiante uma agenda de engenharia e controle social sobre as pessoas tal qual aquela vista nas campanhas contra o cigarro e que também se encontra, por exemplo, nesses movimentos que falam na necessidade da implantação de uma linguagem neutra (ou não binária, como alguns desses “desconstruídos” e “empoderados” falam).

E por que falar sobre esse assunto e o que isso tem haver com o caso do elefante Sandro? Tudo, absolutamente tudo. Para que nós tenhamos uma noção do tipo de lugar ao qual o elefante idoso será enviado (se nada for feito no sentido contrário). Um lugar no qual, entre outras coisas, visitas públicas não são permitidas e aos quais até há uma palavra “carinhosa” para se referir a eles em inglês: “scamtuary”, que consiste da junção das palavras “scam” (embuste, cambalacho) com “santuary” (santuário).

Que fique bem claro o seguinte: hoje eles confiscam os elefantes dos zoológicos e circos, os touros dos rodeios e os cavalos, frangos e porcos das fazendas. Amanhã, será a vez de essa mesma gente começar a confiscar nossos cães, gatos, coelhos, peixes e aves e enviá-los aos abrigos deles. Nos quais ao menos uma boa parte deles será sumariamente morta. Esse é o resumo da ópera.


[1] United States Department of Agriculture (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, na sigla em inglês).

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