domingo, 8 de maio de 2022

O ataque aos zoológicos brasileiros: análise de leis

 

Foto – Entrada do zoológico de São Paulo, o maior da América Latina.

Se alguém achava que o ataque que antes foi perpetrado contra os circos, os rodeios e as vaquejadas não ia com o tempo escalonar e se estender aos zoológicos, pode tirar o cavalinho da chuva. E um dia, uma vez feito o trabalho sujo, isso irá se estender a nossos animais de estimação e a nossos pratos. O que mostra que o Tiririca muito enganado estava na campanha eleitoral de 2010: pior do que está vai ficar, e muito. E assim a “profecia” de Klaus Schwab irá se tornar realidade. Você não terá nada e será feliz sobre isso.

Nos últimos dias, andei lendo na Internet a respeito de projetos de lei que colocam restrições ao funcionamento de zoológicos em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Ou até mesmo proíbem o funcionamento deles. E fiquei horrorizado ao ler sobre elas.

Fica evidente que no Brasil, assim como em outras partes do mundo, o zoológico está sendo atacado. E é um ataque que virá (na verdade, já vem ocorrendo) de diversas frentes. Uma das frentes será a retirada de animais, por meio de processos no mínimo duvidosos, de zoológicos a santuários (como recentemente tentou-se com o elefante indiano Sandro, do zoológico de Sorocaba – uma batalha que ainda renderá mais rounds, diga-se de passagem). Outra frente, leis proibindo a importação de animais exóticos ao Brasil (algo já vem sendo feito nos Estados Unidos). E outra é por meio de leis como as citadas acima.

Falemos sobre dois desses projetos, um mais antigo e outro mais recente. E escolhi esses dois em específico por causa dos nomes e sobrenomes de seus proponentes, mais o fato de que nesses dois projetos vemos que seus proponentes pertencem a diferentes siglas partidárias. No que corrobora com o que o Olavo de Carvalho (vulgo Sidi Muhammad Ibrahim Isa) disse em um artigo publicado em 2012 e intitulado “Engenharia da complacência”, no qual trata a respeito da questão das campanhas que vêm sendo feitas contra o consumo de tabaco sob o pretexto da saúde pública:

“A escolha do tema foi especialmente ardilosa, visando a seduzir conservadores, evangélicos e moralistas em geral, desarmando-os preventivamente ante quaisquer campanhas subseqüentes baseadas no mesmo modelo e usando a própria força deles para sufocar na “espiral do silêncio” as poucas vozes discordantes”.

E assim figuras dos mais diversos espectros políticos e ideológicos embarcam nessa roubada, sem se darem conta sobre o aonde que tal brincadeira irá levar, inexoravelmente.

Em 2015, tivemos o projeto de lei 650/2015 de autoria da então senadora pelo Paraná Gleisi Hoffmann, atual Presidente do Partido dos Trabalhadores. Um projeto de lei que tramitou no Senado e que sob o pretexto de criar um sistema nacional de proteção e defesa do bem-estar animal irá inviabilizar a existência de zoológicos em cidades interioranas caso um dia venha a ser exumado e aprovado (incluindo o bosque da cidade na qual moro). Em outras palavras, um projeto que pleiteia o fechamento de zoológicos fora das capitais federais. Atualmente, tal projeto de lei se encontra arquivado desde 2018.

Diga-se de passagem, gozado a Narizinho. Ela, com razão, se queixou não poucas vezes (vide postagem no perfil do Twitter dela de 2 de maio do presente ano) dos efeitos que a Operação Lava Jato (na qual ela foi ré junto com seu então marido Paulo Bernardo por suposto recebimento de R$ 1 milhão para a campanha de 2010 para o Senado – posteriormente absolvidos pelo STF), em nome do combate à corrupção e da moralização do país, causou à economia do país por meio da tábula rasa sobre empresas como a Odebrecht, a Petrobrás, a OAS e a Camargo Correa e toda a cadeia produtiva que girava em torno delas, que causaram prejuízos bilionários à economia brasileira e fizeram com que muitas pessoas que antes trabalhavam como engenheiros no setor da engenharia e da construção civil se tornassem motoristas de Uber e/ou entregadores de comida por aplicativos como iFood e outros afins. Até ai tudo bem.

Foto – Gleisi Hoffmann, atual presidente do Partido dos Trabalhadores.

Entretanto, o problema é que ela, em nome do bem-estar animal, não vê que o projeto de lei dela, caso um dia venha a ser desarquivado e aprovado, produzirá efeito análogo ao que a Operação Lava Jato causou à economia brasileira nos trabalhadores de zoológicos do Brasil, muito menos os danos às economias de cidades interioranas. Quantos profissionais que antes trabalhavam em zoológicos como tratadores de animais não será jogados também no Uber e nos iFoods da vida caso um dia esse projeto venha a ser implementado e entre em vigor? (a propósito, o México em 2015 proibiu as apresentações de animais em circos. Nessa brincadeira, muitos circos tradicionais locais fecharam as portas e um grande morticínio de animais se seguiu. 80% deles faleceram. E fico imaginando comigo mesmo, quantos profissionais que antes trabalhavam no circo também não foram jogados no Uber ou nos iFoods da vida por causa dessa brincadeira toda do Partido Verde local e dos zelotes dos direitos animais locais?).

Resumindo a ópera: ela é contra o lavajatismo quando ele atinge o PT por meio de procedimentos jurídicos no mínimo questionáveis, ou mesmo quando afeta seriamente a economia brasileira, em setores de alto valor agregado como a engenharia e a construção civil. Mas atua de forma lavajatista (ou seja, no sentido de fazer tábula rasa de atividades econômicas sem levar em consideração o prejuízo econômico e as perdas de empregos que isso invariavelmente gera) quando o assunto são os zoológicos. Pelo visto, coerência não é o forte da Narizinho...

A outra dessas leis é a lei nº 17321/19, de São Paulo, de autoria do tucano Xexéu Tripoli, que foi aprovada pelo então prefeito Bruno Covas. Tal lei não apenas prevê a proibição da captura de animais na natureza, a proibição da reprodução dos animais em cativeiro e a eliminação progressiva da exposição de animais ao público, como também estabelece que zoológicos e aquários não sejam mais instalados em São Paulo e que os existentes fiquem fechados ao público para o descanso dos animais por pelo menos dois dias (embora alguns dos artigos do projeto original tenham sido vetados antes de a lei ser aprovada).

Essa lei foi escolhida pelo fato de que ela foi proposta por um político da família Tripoli, cujo sobrenome vem aparecendo há tempos em iniciativas contra os circos, os rodeios, as vaquejadas e agora contra os zoológicos.

Se essa lei em questão (assim como as demais) não é uma iniciativa para depenar gradativamente o zoológico de São Paulo para que um dia ele seja fechado, não sei o que mais é. Sinceramente.

Por que pelas falas de Xexéu Tripoli, percebe-se que nas entrelinhas ele diz o seguinte: que zoológico legal não tem animal. Quando estamos falando de políticos como ele, ou mesmo de pessoas como a Luísa Mell, temos que nos ater ao que eles dizem nas entrelinhas. Geralmente, eles dizem isso debaixo de um discurso verborrágico que, à primeira vista, parece lindo de se ouvir. Mas é como diz o velho ditado: de boas intenções o inferno está cheio.

Foto – Folhetim eleitoral de Xexéu Tripoli para as eleições de 2020. Claramente se apresentando como defensor de animais.

É como o Vágner Ávila disse certa vez na página “zoológicos do Brasil” em postagem de 2020. Se depender de pessoas como ele e a Luísa Mell, só nascerão em São Paulo pombos, ratazanas e cães e gatos de rua. Ou seja, só animais repulsivos e nojentos dos quais as pessoas querem o máximo de distância possível.

O senhor Tripoli também disse o disparate de que é possível substituir os atuais modelos existentes por similares digitais. Mas como ele quer que uma pessoa crie empatia com o animal tendo contato não com um animal de verdade, mas com animais em formas de hologramas tecnológicos? Impossível. Pois se lermos as histórias de vida de grandes conservacionistas, como o finado Steve Irwin, nós percebemos que estes tinham alguma forma de contato com animais. E com animais reais, não virtuais.

Pelas entrelinhas, o discurso de pessoas como o Xexéu Tripoli deixa subentendido que ele é a favor de uma espécie de apartheid entre homens e animais. Do jeito que os donos do poder mundial, do alto de projetos de controle e engenharia social como os infames Grande Reset e Agenda 2030, gostam e almejam.

E ai eu pergunto: antes, essa gente falava que “circo legal não tem animal”. Hoje, eles já começam a falar (ainda que nas entrelinhas, pelo menos por enquanto) que “zoológico legal não tem animal”. E lá na frente, quem não me garante que eles não vão começar a dizer que “fazenda legal não tem animal”, ou mesmo que “casa legal não tem animal”? E o que é pior: com uma turba fanatizada batendo palmas para tais propostas, não se dando conta do real propósito de toda essa política e que um dia eles podem ser a próxima bola da vez?

E é sempre assim. Eles sempre evocam inúmeros pretextos para levar adiante seus projetos de engenharia e controle e social e assim estabelecer legislações cada vez mais draconianas sobre nós. Na questão do cigarro e da bebida alcoólica, evocam questões de saúde pública; na questão do idioma, primeiro evocaram questões de racismo e discriminação a minorias ao dizerem que é errado chamar favela por seu próprio nome, ou de usar palavras e expressões como denegrir e “a coisa está preta”, e agora evocam homofobia e transfobia para justificar a introdução de um gênero neutro inexistente no português (gênero esse que é usado para se referir a coisas e objetos nos idiomas que o usam, como o alemão, o inglês e o russo); o bem-estar dos animais nas campanhas contra circos, rodeios, vaquejadas, zoológicos e outros estabelecimentos que usam animais. Entre tantos outros exemplos que aqui podem ser listados.

Será que por trás de projetos como o de Xexéu Tripoli não há interesses maiores? Como, por exemplo, interesses de um dia livrar-se de zoológicos e aquários para que atividades como a especulação imobiliária tomem conta desses espaços? Algo similar ao que foi feito na Cracolândia depois da ação levada adiante pelo então prefeito João Doria, em 2017? Reiterando que isso se trata de uma especulação de minha parte.

Recentemente, tomei conhecimento a respeito do trabalho da adestradora de grandes felinos Felicia Frisco, dos Estados Unidos. Ela se tornou famosa, entre outras coisas, por tirar uma foto deitada em uma cama ao lado de um tigre em 2011. Por conta disso, ela foi submetida à época a um verdadeiro linchamento virtual nas redes sociais.

No perfil do Facebook dela, em uma postagem feita em 2012, ela postou a seguinte imagem, na qual ela está ao lado de um de seus tigres:

Foto – Felicia Frisco ao lado de um de seus tigres de estimação, sobre o que ela mais odeia. Foto de 2012.

Nessa imagem, ela traz a seguinte mensagem: “O que eu mais odeio? Tendo que viver com medo de que alguém em algum lugar irá tentar e passar uma lei para tirar tudo o que você ama”.

Em minha humilde opinião, essa situação sobre a qual a adestradora de grandes felinos fala é execrável. Entretanto, eu discordo em partes dela. Pois para mim há algo ainda mais execrável e abominável: o mais execrável e abominável de tudo não são essas leis (como a do Xexéu Tripoli e outros políticos da laia dele) por si mesmas, mas as pessoas que batem palmas para esse tipo de lei e ainda por cima acham isso lindo. Sem se dar conta de que elas podem ser as próximas a serem atingidas por leis desse tipo.

Essas pessoas são que nem o Mussum em um quadro antigo dos Trapalhões, no qual ele e o Dedé estão em um consultório. Uma recepcionista aparece, dizendo para os dois esperarem só um minuto para serem atendidos. Mussum esbraveja, dizendo que ninguém lhe perguntou nada. Dedé, segurando um jornal nas mãos, questiona o mau humor de Mussum e uma discussão entre os dois começa. Dedé se queixa dos recentes aumentos dos preços de produtos. Algo que Mussum aprova, sempre dizendo ao final de suas falas que “O governo está certis”. Até que ele fica sabendo por meio de Dedé que o mesmo governo também aumentou o preço da cachaça (que o Mussum carinhosamente chama de mé). Ai o Mussum começa a maldizer o mesmo governo ao qual ele até então batia palmas.

E um desses Mussums da vida, pelo que eu vejo, é o Ary Borges, criador paranaense que se notabilizou por ter criado tigres no quintal da própria casa no começo dos anos 2010. Recentemente, visitei o perfil dele no Facebook, e vi uma postagem dele do ano retrasado na qual ele endossa iniciativas e projetos de leis dos irmãos Tripoli de proibir não apenas os circos com animais, como também rodeios e vaquejadas. Ou seja, percebe-se que ele não aprendeu nada do incidente no qual o IBAMA visitou a casa dele em 2014 e confiscou todos os tigres dele.

Hoje ele bate palmas para os irmãos Tripoli por eles proibirem animais em circos e por quererem proibir animais também em rodeios e vaquejadas. Mas o que ele irá achar na hora em que, por exemplo, os mesmos irmãos Tripoli ou algum político da mesma laia deles resolverem dobrar a aposta e passar uma lei na qual a exportação de animais exóticos ao Brasil (ou seja, algo similar ao projeto de lei Usark – sobre o qual falaremos de forma mais detalhada em uma postagem em separada) seja proibida e que o impossibilite de que um dia ele volte a trabalhar com grandes felinos ou qualquer outro animal selvagem? Não estou aqui para mudar a opinião dele a respeito dessas atividades. Apenas quero que ele pare de ficar aplaudindo esse tipo de lei (que inevitavelmente escalona, e inevitavelmente o atingirá de alguma forma).

Pois se hoje um dos irmãos Tripoli diz nas entrelinhas que zoológico legal não tem animal, o que dirá do canil de grandes felinos como o que ele tinha há muitos anos.

Foto – Ary Borges.

Fontes:

Ações de Dória abrem caminho para o Mercado imobiliário. Disponível em: Ações de Doria na Cracolândia abrem caminho para o mercado imobiliário - CartaCapital

80% of the animals “rescued” from circuses died after Mexico Green Party bill became law (em inglês). Disponível em: 80% of the animals “rescued” from circuses died after Mexico Green Pary bill became law - The Mazatlan Post

Engenharia da complacência. Disponível em: Engenharia da complacência – SAPIENTIAM AUTEM NON VINCIT MALITIA (olavodecarvalho.org)

Gleisi Hoffmann: “Lava Jato destruiu a economia e se transformou em uma farsa”. Disponível em: UOL Notícias - Gleisi Hoffmann: "Lava Jato destruiu a economia e se transformou em uma farsa" | Facebook

Projeto de lei do Senado nº 650, de 2015. Disponível em: PLS 650/2015 - Senado Federal

Prefeito de São Paulo sanciona lei que proíbe a abertura de novos zoológicos. Disponível em: Prefeito de SP sanciona lei que proíbe abertura de novos zoológicos | Agência Brasil (ebc.com.br)

Projeto de lei prevê fim dos zoológicos de interior. Disponível em: Projeto de lei prevê fim dos zoológicos de interior - YouTube

Projeto de lei prevê o fim de zoológicos em cidades que não sejam capitais. Disponível em: Projeto de lei prevê o fim de zoológicos em cidades que não sejam capitais - Jornal de Pomerode

Projeto de lei quer acabar com zoológicos de cidade de interior. Disponível em: Projeto de lei quer acabar com zoológicos de cidades do interior - YouTube

Projeto que proíbe novos zoológicos e aquários em São Paulo é aprovado. Disponível em: Projeto que proíbe novos zoológicos e aquários em São Paulo é aprovado - Câmara Municipal de São Paulo (saopaulo.sp.leg.br)

Pronunciamento de Gleisi Hoffmann em 07/12/2017. Disponível em: Pronunciamento de Gleisi Hoffmann em 07/12/2017 - Pronunciamentos - Senado Federal

domingo, 1 de maio de 2022

Direitos animais moderados (texto traduzido do inglês + comentários meus)

 

Martin Clunes se junta à crescente lista de celebridades que pensaram que Direitos Animais não iriam tocá-los enquanto eles ajudassem a causa deles.

Direitos Animais moderados estão ao nosso redor. Na maioria dos casos, é uma forma cínica de sinalização de virtude. Celebridades e pessoas no mundo animal são tentadas por isso. A ideia é que se você dá algum terreno a ideólogos (em oposição a apenas ficar com o bem-estar animal progressivo com base na ciência) eles irão ou deixa-lo em paz ou ajudar a promover sua imagem pública. O problema é que a ideologia dos direitos animais é uma causa inevitavelmente extremista e uma vez que você entrou nela você irá perceber que é muito difícil para justificar meias medidas. Além disso, você irá se encontrar em uma realidade maluca que você ajudou a promover.

Piers Morgan: Durante seu tempo como editor do jornal britânico Mirror ele conduziu uma campanha apoiada pelos direitos animais contra animais nos circos. Desde então ele fez um argumento descarado à emoção contra a comunidade de caçadores, a despeito de seu provado registro conservacionista. Agora ele se encontra exasperado pela onda de veganismo de tendência sendo empurrado pelos convidados de seu show e outras celebridades.

Chris Packham: Sua carreira praticamente cresceu trabalhando em programas televisivos que usavam animais treinados por treinadores de circos. Destes dias (e até o presente) ele trabalhou junto de apresentadores televisivos que alegremente trabalharam com treinadores das mesmas raízes. O parceiro de seu pai esteve entre estes treinadores e amigos próximos com Mary Chipperfield. Packham decidiu impulsionar sua carreira com uma reputação sobre ser algo como um ativista pelos animais.

Indo um pouco como seu pai em uma discoteca, Packham foi atrás de todos os alvos do momento.

Este ano ele encerrou tudo ao ir com a moda vegana do momento durante o “Veganuary”. Foi uma manobra assustadora com Packham dizendo que ele tinha amigos da fazenda e ele tinha esperança de que isto poderia mudar mais fazendas para melhorar os padrões de bem-estar delas. Não, Chris, eu não achou que os fazendeiros irão agradecê-lo muito por popularizar o veganismo. Entretanto, tão logo ele mesmo declarou-se vegano ele alegou que foi contatado por “ultra-veganos” que o chamaram de “estuprador de vacas”, criticaram sua posse de animais de estimação, criticaram o fato de que ele come mel (um pecado clássico em círculos veganos) e criticaram o fato de que ele veste couro.

Jamie Oliver: Este chefe de cozinha da TV foi um saltador de onda clássico. Ele ingenuamente abraçou a tendência vegana como qualquer outra causa sinalizadora de virtude que ele fez no passado. Ele estava nisso cinco anos antes de Packham, o que é muito embaraçoso para querido e velho Christopher, que fez da ideologia de direitos animais moderados como parte de sua identidade pública. Oliver abraçou o “Mês Vegano Mundial” antes de existir o Veganuary[1].  Desde então ele dedicou um episódio inteiro de seu programa de TV ao veganismo e fez questão de atendê-los.

O problema é que Jamie Oliver não é um vegano. Ele é um chefe de cozinha que tem muitos restaurantes e apresenta programas de culinária convencionais que têm uma base esmagadoramente grande de clientes não vegetariana (ainda mais não vegana). Prover opções veganas não é o bastante para a mentalidade dos direitos animais. Resultado: recentemente o restaurante italiano de Jamie Oliver foivisado e assediado por manifestantes pelos direitos animais. Eles não se importam se você oferece opções veganas, Jamie. De qualquer modo, como vai o negócio dos restaurantes?

Sea World: Em uma desesperada tentativa de remediar o estrago causado pelo filme de propaganda pelos direitos animais “Blackfish”, O novo CEO do SeaWorld, Joe Manby, decidiu fazer um pacto com o diabo na forma da Humane Societyof the United States (HSUS). Manby realmente pensou que eles poderiam apaziguar a HSUS ao interromper com o programa de criação de orcas do Sea World e permitindo ao HSUS a lucrar por meio de seus parques.

O resultado é que o grupo pelos direitos animais de forma descarada retrata o Sea World como se fosse a puta deles, explicando que isso é apenas o começo do que irá acabar com o Sea World não tendo mais animais. Como se isso não fosse o bastante, o PETA e outros grupos pelos direitos animais não obtiveram o pedaço do bolo deles quando a HSUS fez o acordo, para que pudessem atacaram alegremente como antes.

O resultado final foi que Joe Manby deixou o cargo de CEO do Sea World em 27 de fevereiro de 2018 depois que a companhia aparentemente não melhorou os lucros dela apesar do apaziguamento com a indústria dos direitos animais.

Steve-O: A antiga estrela de Jackass que fez todas as 10 maiores celebridades hipócritas anti-circo percebeu que mesmo ele não podia lidar com a loucura com a qual ele se alinhou e agora ele não é mais oficialmente um vegano.

Apesar de fazer uma série de coisas questionáveis com animais que poderia enfurecer qualquer apoiador do bem-estar animal que se preze, Steve-O decidiu fazer vídeos para o PETA atacando o Ringling Brothers Barnum and Bailey Circus e uma vez que a onda arrefeceu, alegremente pulou para a onda anti-Sea World – onde ele foi preso por encenar um protesto bem estúpido.

Ele também de forma entusiástica aderiu a toda tendência de celebridade vegana com vigor. Entretanto, ele não estava pronto para veganos questionando seu status de vegano e o atacando verbalmente por não alimentar os gatos dele com uma dieta vegana assim como claramente falhar em sua própria dieta. Steve-O protestou nasmídias sociais dizendo que eles eram “combativos” e prejudicando a causa deles.

Previsivelmente ele recebeu pouca simpatia:

Um disse:

“Você protestou no Sea World mano. Você sabe que os peixes são sencientes e sentem dor como nós. Eles querem apenas viver como nós. Como um ativista pelos direitos animais vegano eu não vou voltar atrás. Isto não faz de mim ou qualquer outra pessoa combativa, mas isto mostra que nós temos a compaixão que você parece carecer“... “Aonde foi a tua compaixão? Parece que em sua postagem chamando os veganos e mensagens entre você e um dos meus amigos fazem de você Steve o combativo.” ... “É sobre ANIMAIS, não sobre pessoas e seus modos egoístas e egocêntricos”, outro disse.

"Vamos lembrar-nos das vítimas REAIS aqui, aqueles que são mortos sem sentido sem uma boa razão”.

Com mais uma afirmação:

"Você deveria dar um passo para trás e pensar sobre o fato de que agora você está discutindo ao lado do abuso animal... É genuinamente nojento o quanto você está desesperado para se desviar do fato de que você está completamente relutante em parar de abusar de animais por causa de suas experiências de gosto e conveniências”.

PetSmart: A gigante do varejo de suprimentos para animais de estimação PetSmart realmente pensou que eles estavam à frente da curva quando eles se juntaram ao movimento pelos direitos animais ao atacar os criadores de animais de estimação.  A PetSmart, a despeito de seu nome, promoveu a adoção em detrimento da compra de cães e gatos. Ela advogou o mantra “adote não compre” que viu muitos criadores de animais respeitáveis e dignos sendo injustamente agrupados com os parentes nefastos distantes deles. A companhia aparentemente até reuniu-se com organizações como HSUS e PETA para ajudar a definir o palavrão para criador de animais. Entretanto, tais estratégias de conciliação não deram certo com o PETA que de forma resoluta atacou a cadeia desde o começo dos anos 2000 até os dias atuais. Eles visaram tudo sobre o que a PetSmart faz, mas suas campanhas recentes têm sido focadas em suas vendas a varejo de vários animais. PetSmart agora está processando o PETA por suas táticas secretas e encobertas que se assemelham a táticas que foram vistas antes no mundo do circo.

Martin Clunes: Martin Clues, tal qual Chris Packham, é uma dessas celebridades que realmente pensaram que ele poderia ter seu bolo não-vegano e comê-lo na frente de seus camaradas dos direitos animais. Clunes, um ator que fez sua carreira do teatro ao sucesso do sitcom televisivo mainstream por meio de um papel desonesto em Dr Who e amizade com Harry Enfield, tornou-se um patrono da Born Free Foundation quando ele estava em sua ascensão cômica com o popular sitcom britânico “Men Behaving Badly”.

A caridade escolheu ignorar as várias aparições públicas de Clunes com animais treinados. Muitos dos vários dramas em que ele trabalhou desde que saiu de “Men Behaving Badly” têm requerido que ele trabalhe próximo a animais treinados, supridos por treinadores de animais britânicos bem conhecidos. Ele teve um pequeno problema em ser parte de feiras agrícolas em sua Dorset nativa, que ele entusiasticamente comparecia e regularmente apresentava uma série de apresentações animais. Estes eram principalmente animais domésticos e, portanto não estavam na mira dos melhores amigos para sempre, mas ainda assim isto é claramente contra a ideologia dos direitos animais que é parte da filosofia da caridade.

Clunes narrou e apareceu em um documentário de 2000 chamado “Born to be Wild” (Nascido para ser selvagem), que é um anúncio digno de vergonha para a Born Free Foundation. O filme mostra as tentativas desajeitadas e mal gerenciadas da beneficência na criação de animais enquanto tenta realocar um elefante de 26 anos na natureza. Depois de muitas tentativas embaraçosamente ruins para mover um elefante o exército de funcionários recorre a drogar o elefante e fica no entorno acertando a pobre criatura com paus com a intenção de fazê-la cair. Clunes usa uma tática de refutação inicial na narração “Parece cruel, não é?” antes de explicar que esta é a melhor forma de um animal ser movido de forma segura. A ironia aqui é que bons treinadores de animais saberiam como mover o animal com o mínimo ou mesmo nenhum stress e sem ter de recorrer ao risco de uma anestesia geral. Sem dúvida, isto é parte do argumento de Bem-Estar Animal pelas mãos no treinamento de animais em cativeiro, mas eu digressiono.

Em 2019 parecia que Clunes era um hipócrita pelos direitos animais moderados. Ele era a celebridade de mais alto perfil de um dos grupos pelos direitos animais mais estabelecidos e socialmente aceitos, uma instituição que foi criada com base um filme envolvendo animais selvagens treinados. No entanto, ele alegremente treinou com animais treinados em eventos ao vivo, TV ou filmes. Entretanto, ele estava prestes a levar as coisas ainda mais longe. Em maio ele apareceu em um episódio da série da ITV “My Travels and Other Animals” (Minhas viagens e outros animais) tomando parte em passeios turísticos de elefante. Passeios de elefante, se Clunes esteve prestando atenção, são um alvo regular dos grupos pelos direitos animais. Isto não é algo que um melhor amigo para sempre poderia prontamente ignorar, mesmo se Clunes pensou que ele poderia tentar o velho truque de refutação que funcionou no documentário dos melhores amigos pra sempre 19 anos antes, “Eu não tenho certeza se essa é uma ocupação adequada para o maior animal terrestre no planeta”. Eles pouco se importaram para a justificativa razoável do ator para passeios de elefantes e que isto é “uma vida mais amável que carregar toras pesadas”. Eles largaram o patrono deles como um carvão em brasa com o diretor executivo emitindo a declaração: “Nós podemos confirmar que, com muito arrependimento, Martin Clunes não é mais um patrono. Born Free sempre se opôs à exploração de animais selvagens de cativeiro para o entretenimento e interações humanas, incluindo elefantes de passeio”.

Como Clunes recua para a obscuridade, conspícuo por sua falta de comentário após anos sendo usualmente tão vocal nos ataques aos alvos dos melhores amigos para sempre, a imprensa online garantiu que o nome dele seja regularmente ligado a este incidente. Olhando para o enxame de comentários peçonhentos contra ele nas mídias sociais, talvez ele irá perceber o tipo de maldade irracional que ele ajudou a provocar no passado.

Quem é o próximo? 

O diretor de filmes James Cameron decidiu agir como o defensor vegano estereotipado e contar ao mundo sobre sua escolha alimentar. Cameron supostamente converteu-se ao veganismo cerca de sete anos atrás. Desde o ano passado ele vem discutindo um novo documentário chamado “The Game Changers” que analisa atletas que se converteram ao modo de vida vegano. Um teaser foi lançado e encabeçando a lista surpreendente de novos veganos estava ninguém menos que o velho companheiro de Cameron e estrela de seus filmes O Exterminador, Arnold Schwarzenegger. Schwarzenegger foi uma das maiores e mais bem pagas estrelas do cinema. Ele foi sete vezes campeão do Mister Olympia nos anos 1970 e desde então se candidatou como um político bem-sucedido. Durante seu período como o 38º governador da Califórnia Schwarzenegger desempenhou um ato de equilíbrio interessante. Ele era o ambientalista do Partido Republicano. Após deixar a política profissional ele de forma incompreensível tem sido crítico das políticas ambientais do atual presidente Republicano, Donald Trump (e quase todo o resto). Em 2014 Schwarzenegger apareceu no “Epic Meal Time Cooking Show” para criar um sanduíche de 80 mil calorias de bife e ovos.

Avançando alguns anos e Arnie tem sido visto vestindo camisetas com a palavra “Vegan” estampada nelas e clipes o mostram dizendo aos espectadores que é uma mentira que eles precisam comer carne para crescer músculos. Isto a despeito do fato de que durante toda a carreira de Arnold como um fisiculturista, levantador de peso e ícone cinematográfico que foi largamente construída sobre seu físico musculoso ele estava embalando muita carne junto com a ajuda artificial esperada. Quando os céticos apareceram, Arnie imediatamente retrocedeu. Acontece que não apenas ele não é um vegano, ele nem mesmo é um vegetariano ou mesmo um piscatariano. Ele provavelmente cabe em um título que deveria ser o redentor de todos os direitos animais moderados: o Flexitarian (ou Reductionarian). Este ainda está tendo alguns programas lançados por que – surpresa, surpresa – aqueles que estão empurrando a agenda vegana com todo o poder deles não irão fechar qualquer tipo de compromisso.

Astley’s legacy foi formada para contrapor-se à desinformação e propaganda espalhada pelos ativistas dos direitos animais. Como também lutar pelos animais de circos e pelos treinadores deles, nós estamos aqui para promover e celebrar a herança cultural do circo em geral, e especialmente no país de seu nascimento – Grã Bretanha. Para mais informações veja nosso grupo no Facebook:

Fonte:  Astley's Legacy - Animal Circus Facts and Fiction: Soft Animal Rights: Appeasement of an animal-apartheid ideology (circusthetruth.blogspot.com)

MEUS COMENTÁRIOS:

Lembram-se da J. K. Rowling, a autora de Harry Potter? Pois bem, durante muito tempo ela foi uma das grandes musas dos lacradores de plantão. Até que, certa hora, ela foi picada pela cobra que ela mesma alimentou nesse tempo todo. Em 2020 ela foi cancelada nas redes sociais por um grupo de justiceiros sociais de plantão sob a alegação de ser transfóbica e ofensas afins ao dizer que apenas mulheres menstruam e que outrora havia um termo específico para as pessoas que menstruam.

À época, cancelaram-na atores que fizeram parte dos filmes de Harry Potter e interpretaram personagens importantes neles, entre eles a Emma Watson (Hermione), Rupert Grint (Ronald Weasley) e Daniel Radcliffe (o próprio Harry Potter). Será que eles não se tocam do fato de que um dia eles podem ser os próximos cancelados da vez?

Foto – J. K. Rowling, a criadora da saga Harry Potter.

Outra que também andou dando endosso a esse tipo de pauta é a historiadora brasileira Lilia Schwarcz, autora de obras a respeito do Período Imperial Brasileiro (1822 – 1889) e da Primeira República (1889 – 1930). Entre outras coisas, a historiadora andou batendo palma em vídeos mais antigos no canal dela no You Tube a certos malabarismos linguísticos sob o pretexto do combate ao racismo. Até que em 2020 ela foi cancelada depois de tecer críticas em um artigo na Folha de São Paulo a um clipe da Beyoncé. E, a julgar pelo conteúdo do último vídeo dela a respeito do descobrimento do Brasil (no qual ela, entre outras coisas, não leva em consideração que durante o período colonial brasileiro era comum os indígenas se aliarem aos portugueses contra outros indígenas e que o indígena foi uma parte ativa no processo de colonização da América Portuguesa – e assim endossando uma visão politicamente correta da história do Brasil) ela ainda não aprendeu a lição que deveria ter aprendido há muito tempo.

Isso faz lembrar-me de um episódio recente do desenho South Park. Mais precisamente, um episódio das temporadas mais recentes, o sétimo episódio da temporada 23, “Board Girls” (“Meninas na mesa”, na versão brasileira), que aborda a questão dos transexuais no esporte feminino. Nesse episódio, salta aos olhos o seguinte fato: de que aparece uma família (mais precisamente, um casal heterossexual) que batia palmas para esse tipo de coisa. A ponto de achar maravilhoso, em nome da inclusão de minorias e da diversidade, a presença de atletas transexuais no esporte feminino. Mas, na medida em que o episódio transcorre, os mesmos começam a se dar muito mal e a serem picados pela mesma cobra que eles mesmos alimentaram nesse tempo todo.

South Park - Temporada 23, Ep. 7 - Meninas na Mesa - Episódio Completo | South Park Studios Brazil

E com pautas como direitos animais e veganismo a situação se repete da mesma maneira, como vimos nos casos citados acima. Basta alguém discordar da cartilha dos zelotes desses movimentos, por menor que seja a discordância em questão, que você é descartado e cancelado por eles.

A propósito, esses dias, navegando pelo Facebook, descobri a respeito da existência da página “Tripoli, você não tem o meu voto”. Os irmãos Tripoli (Ricardo e Roberto), nos últimos anos estiveram envolvidos em projetos de lei proibindo o uso de animais em circos, rodeios e vaquejadas. Tiveram sucesso com o primeiro, mas com os dois últimos não. A página em questão critica os irmãos Tripoli não por eles serem promotores da agenda dos direitos animais no Brasil e toda a mazela que isso vem trazendo, mas pela falta de radicalismo da parte deles. No fim das contas, isso é o que eles ganham por levarem adiante a agenda deletéria que eles mesmos vêm promovendo esse tempo todo.

NOTA:


[1] Evento iniciado em 2014 e fundado por Jane Land e Matthew Glover, que ocorre na Inglaterra anualmente em janeiro e organizado por uma organização não governamental britânica que promove o estilo de vida vegano.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Cinco fatos sobre o santuário de elefantes (SET - texto traduzido do inglês + comentários meus)

 

[Acima] O declínio da saúde de Liz depois de chegar ao SET.

O Santuário de Elefantes do Tennessee (SET) não é o que parece ser. Desde sua abertura em 1995, o SET tem uma história sombria de morte, epidemia, negligência e recebimento de doações para uso pessoal. Aqui estão alguns fatos CHOCANTES sobre o SET, que você provavelmente não tinha ideia a respeito (EVIDÊNCIA INCLUSA).

#1. A maior taxa de mortalidade de qualquer estabelecimento de elefantes nos Estados Unidos – Desde sua abertura, o SET é responsável por ao redor de 17 mortes elefânticas. Nós sabemos que nem toda instalação é perfeita, haverá mortes, MAS a taxa de mortalidade é a preocupação aqui. Pelo menos dois elefantes morrem no SET a cada ano. Seis elefantes morreram apenas em um período de três anos! Aos extremistas dos direitos animais, as mortes parecem “naturais” e eles afirmam que os elefantes morrem por que eles trabalharam até a morte nas vidas anteriores deles e “desistiram”. Absurdo e mentiras! Foi provado que na verdade estes elefantes não mostraram problemas de saúde ou questões mentais ANTES de chegar à instalação. Outra preocupação são as causas de morte – ao redor de 70% são aparentemente “desconhecidas”, enquanto que outros morreram de problemas de pés ou tuberculose. Foi dito que alguns foram submetidos à eutanásia por razões desconhecidas. A convivência de vida no SET é apenas entre 40 a 50 anos, enquanto que nos zoológicos e na maioria dos circos é de 50 a 70 anos. Os elefantes mais velhos sob o cuidado humano vivem sob o cuidado zoológico ou circense. Os elefantes mais velhos nos Estados Unidos estão sob o cuidado humano apropriado. Vamos analisar as mortes do SET:
-
MORTES + CAUSA DA MORTE:

Barbara (idade 35) – infecção pulmonar e doença debilitante crônica

Tina (idade 34) – Problemas cardíacos
Lota (idade 53) – Tuberculose (TB)
Jenny (idade 34) – Problemas nos pés 
Delhi (idade 72) – Desconhecida
Queenie (idade 49) – Desconhecida
Bunny (idade 56) – arquivado como “desconhecida” (vamos chegar ao que aconteceu à ela...)

Lottie (idade 47) – Desconhecida, mas a maioria dos relatórios afirma exposição à tuberculose.

Dulary (idade 50) – Desconhecida
Frieda (idade 49) – arquivada em “desconhecida”, exposição à tuberculose.

Liz (idade 58) – Tuberculose (confirmado pelo SET)
Misty (idade 52) – Submetida à eutanásia (razões desconhecidas).

Winkie (idade 51) – Submetida à eutanásia (problemas nos pés).

Ned (idade 22) – Morreu de fome (morte arquivada como “desconhecida”).

Zula (idade 34) – Caiu após entrar no celeiro, morreu naquela noite (arquivado como “desconhecida”).

Rosie (idade 47) – Colapsou; não o ajudaram.

Hadari (idade 37) – Ataque cardíaco (o corpo só foi encontrado horas mais tarde).

-

RELATÓRIO COMPLETO DA MORTE AQUI

#2. Condições de vida horríveis e tratamento veterinário recusadoOs elefantes do SET são forçados a ficar em celeiros apertados de concreto. Eles não têm substrato – como tapete de borracha, palha, serragem ou terra macia para aliviar os pés deles, como zoológicos e circos providenciam. Permanecer no concreto por longos períodos de time causa problemas severos nos pés e pode levar a doenças, já que o concreto é muito difícil de desinfetar, os elefantes são isolados enquanto estão nos estábulos e alguns ficam tão frustrados que eles machucaram a si mesmos ao bater as cabeças deles nas barras de ferro, causando contusões. Os elefantes ficam nos estábulos quase 60% dos dias deles, alguns são apenas permitidos a saírem para uma sessão de fotos. Podridão do pé não tratada, pele desidratada, tornozelos secos e infecções são outros problemas comumente vistos no SET. É óbvio que lá não há tratamento veterinário adequado providenciado que tem levado a tais problemas de saúde e mortes. Não há cuidados práticos no SET, como a maioria das instalações zoológicas providencia. Segundo fontes escritas por antigos tratadores, os elefantes são basicamente ignorados, é esperado que sejam animais selvagens novamente e lide com as coisas por conta própria. 


 [LEITURA EXTRA] A verdade sobre a morte de Bunny

Bunny passou a maior parte da vida dela no Mesker Park Zoo em Indiana, até que o zoológico teve que encontrar uma nova residência para ela devido a problemas financeiros e por que eles queriam “aposentá-la”. Bunny chegou ao SET em setembro de 1999 e como todos eles, por alguns meses, ela foi mantida isolada. Bunny socializava depois disso, mas não muito. Ela nunca cresceu com esses elefantes, então ela os ignorava. Após cerca de três meses lá, Bunny foi diagnosticada com problemas severos nos pés e artrite leve. Arquivos revelaram que Bunny mal era tratada e ainda era forçada a ficar em um estábulo de concreto sem nada para aliviar os pés dela, e é por isso que ela escolhia ficar do lado de fora o máximo que ela podia. Os problemas do pé dela pioraram depois que mais tempo passou, inclusive desenvolvendo uma pequena podridão de pé nos pés traseiros dela.

-
Infelizmente, em março de 2009 – Bunny do lado de fora e não conseguiu se levantar. O pessoal do SET usou uma retroescavadeira para tentar levantá-la, mas apenas feriu-a mais. Carol Buckley era a CEO do SET à época e foi informada de que Bunny precisava ser submetida à eutanásia por um veterinário da Universidade da Geórgia. Buckley não fez tal coisa e apenas permitiu uma lona sobre Bunny e a dopou com analgésicos, enquanto Bunny ficou lá por 13 dias e finalmente morreu esmagada por seu próprio peso. O SET foi imediatamente citado pelo USDA por não submeter Bunny à eutanásia quando orientado. Bunny teve que sofrer por 13 dias e sofreu sem tratamento para o pé dela por anos. Isto foi ERRADO e VIL.
-
RELATÓRIO DA USDA[1]:


#3. Subemprego, Ambiente de trabalho hostil e implorando por doaçõesÉ isso que você ouviu, o SET está atualmente subempregado com apenas seis tratadores de elefantes e dois veterinários, ambos membros do PETA, no local. O SET, entretanto, tem mais membros do conselho e vinculou 40 a 60% dos fundos dele ao PETA e a suas próprias despesas ao invés de comprar as necessidades para os seus elefantes. Em um relatório financeiro, cerca de US$ 3.000 misteriosamente sumiram. O SET afirma que providencia uma grande quantidade de produção fresca e feno para os elefantes dele. Mas os elefantes do zoológico recebem mais feno e frutas que os elefantes do SET! Em fotos postadas pelo SET, você nunca verá um elefante receber uma pilha inteira ou uma montanha de feno ou monte de produtos. O SET espera que eles sejam elefantes selvagens novamente e apenas os alimenta com estas coisas como guloseimas, fazendo com que vivam da terra. Nos últimos meses, o SET esteve implorando por doações desde que Nosey chegou – provando que eles encaram esses animais como nada além de “garotos propaganda”. Seus empregados também não precisam de ensino médio, apenas um ano de estágio e voluntariado. Portanto, temos tratadores sem educação sem conhecimento real sobre como cuidar desses animais, ao contrário daqueles em zoológicos e circos que são obrigados a ter alguma forma de educação animal ou ter passado a vida deles com elefantes desde a infância.

Antigos empregados do SET falaram sobre o bem-estar dos elefantes assim como sobre o ambiente de trabalho deles. Uma carta postada por um antigo tratador de elefantes foi recentemente divulgada – revelando mais sobre a verdadeira natureza dos antigos CEOs – Carol Buckley e Scott Blais.
-
CARTA COMPLETA AQUI:​


#4. SET permitiu que um elefante chamado Ned morresse de fome – Em 2008, um elefante chamado Ned teria sido “confiscado” pelo USDA e forçado a ser tomado pelo SET. O dono de Ned, Lance Ramos, explicou que Ned era um comedor altamente exigente e o veterinário pessoal do elefante tinha Ned sob uma dieta estrita devido ao fato de Ned ter as próprias preferências alimentares dele. Ned não estava gravemente abaixo do peso quando foi confiscado e enquanto Ned estava no trailer para ser levado ao SET, Ramos tentou trazer a Ned algumas de suas guloseimas favoritas e se despedir dele, mas foi ameaçado por um oficial de que poderia ser baleado à vista se ele se aproximasse do elefante. Ned foi levado ao SET, e lá ele foi completamente miserável. Ned foi mantido isolado, tinha pouco contato e com falta de respeito, o pessoal do SET não continuou com a dieta prescrita como recomendado pelo veterinário dele. Por dias, Ned recusou-se a comer e mal tomou água. Ele perdeu peso bem rapidamente dentro de um par de meses. O pessoal continuou usando Ned para ganhar doações, que nunca foram usadas para ajudá-lo. Em seis meses, Ned piorou e ele finalmente faleceu. O SET posteriormente escreveu que Ned tinha “úlceras e cicatrizes nos intestinos dele de stress”. Especialistas em elefantes e o veterinário pessoal de Ned negaram isso. O veterinário pessoal dele disse que Ned não tinha nenhum desses problemas quando ele estava com Ramos. Se ele o fizesse, Ramos não poderia viajar com ele. Ned tinha apenas 22 anos e foi o mais jovem a sofrer e morrer de negligência no SET.

#5. O SET é um criadouro de tuberculose – O SET teve mais surtos de tuberculose ocorrendo mais que qualquer outra instalação nos Estados Unidos (além do PAWS – outro “santuário” medonho na Califórnia) – exposições relatadas e surtos ocorreram em 2009, 2010, 2012, 2014, 2015 e 2016. A antiga CEO Carol Buckley e o pessoal culparam as elefantas Liz e Lota pela primeira exposição à tuberculose em 2009 quando na verdade o pessoal foi nunca testado para tuberculose. Ao menos três membros do pessoal testaram positivo depois que o surto de tuberculose foi descoberto. Você vê que estes “santuários” não têm as mesmas diretrizes que nem zoológicos e circos – que é o pessoal deve ser testado mensalmente para tuberculose – visto que é altamente contagiosa entre humanos e elefantes. O SET afirma que Lota teve tuberculose depois de chegar da corporação Hawthorn, mas registros de Hawthorn revelaram que Lota não testou positivo para tuberculose enquanto ela lá esteve. Lota testou positivo depois de um mês no SET. Foi passada para Liz e dois outros elefantes. SET fez o tratamento, mas não foi o suficiente. O SET usou as histórias de tuberculose para ganhar mais doações para o próprio uso deles. Liz foi exposta de novo e de novo em 2010, 2012 e 2015, até que ela finalmente faleceu de tuberculose em 2015. Com celeiros de concreto e espaços tão grandes, é quase impossível livrar-se completamente da bactéria da tuberculose e a bactéria pode reproduzir-se constantemente. O SET apenas isolou elefantes tuberculosos positivo, e não há relatos deles dando lavagens de tromba adequados aos elefantes com tuberculose.

Recentemente, o SET admitiu que em 2017 Shirley foi exposta a tuberculose desde 2016 e está isolada. É apenas uma questão de tempo até que Shirley torne-se outra vítima. Sissy e Debbie também são suspeitas de terem tuberculose visto que o peso delas diminuiu. Além disso, atualmente cinco da manada asiática do SET estão no “Q-Habitat” ou “Quarentena” – outro surto de tuberculose é possível... 

O Santuário de Elefantes (SET) NÃO é um “Paraíso” para elefantes – nós impelimos você a apoiar zoológicos e circos bem administrados, que amam profundamente e trabalham com estes animais todo dia para inspirar as pessoas a cuidar deles e educar o público sobre o sofrimento verdadeiro dos elefantes na natureza – morrendo por causa da caça ilegal ou da perda de habitat. NÃO DOE PARA O SET – Estes elefantes merecem estar em uma instalação zoológica adequada, não em um campo de morte!

Fonte: 5 SHOCKING Facts About The Elephant Sanctuary (TES) - Bring Nosey Home (weebly.com)

MEUS COMENTÁRIOS:

É no mínimo gozado ver que quando se fala em negacionismo científico, praticamente só se fala nos famigerados criacionistas, terraplanistas, anti-vacinas e outros dessa estirpe. Nunca se fala daqueles que, por exemplo, acham lindo alguém como o Tiffany jogar na liga feminina de vôlei. Ou mesmo esse pessoal de ONGs como o PETA e o HSUS que na hora de manejar um animal como o elefante também coloca a ideologia acima da ciência.

Eles ignoram, por exemplo, que uma coisa é o elefante em seu habitat natural, e outra bem diferente é o elefante sob o cuidado humano. O elefante é um animal sociável, e eles parecem ignorar que o elefante em ambientes como zoológicos e circos criam vínculos com seus tratadores humanos. Pode-se dizer inclusive que os tratadores humanos com os quais os elefantes sob o cuidado humano convivem e com o tempo criam laços passa a ser a manada deles. E é por causa da maneira como esses animais majestosos lá são manejados é que tais problemas recorrentes ocorrem.

Esses dias, eu andei lendo sobre projetos de lei em São Paulo, no Rio de Janeiro e até mesmo em Porto Alegre, que propõe restrições quanto ao funcionamento de zoológicos e aquários nas referidas cidades. O de São Paulo, de autoria de Reginaldo “Xexéu” Tripoli (PV), foi aprovado pelo então prefeito Bruno Covas (finado no ano passado), em 2020. Li algumas coisas do referido político, e pelas entrelinhas das falas dele percebe-se que o que ele diz é “zoológico bom não tem animal”.

Também soube de um projeto que tramita no Senado, de autoria de Gleisi Hoffmann, atual presidente do Partido dos Trabalhadores, que na prática condenará zoológicos de cidades interioranas ao fechamento. Entre outros similares sobre os quais comentaremos mais adiante.

Se isso não é um balão de ensaio para que mais adiante os zoológicos brasileiros sejam todos sumariamente depenados (tal qual feito com os circos brasileiros anteriormente), não sei mais o que é. E depois disso, o que mais virá? Quem mais será depenado depois disso? Essa brincadeira não vai parar nesse ponto.

Em 2007, Olavo de Carvalho (vulgo Sidi Muhammad Ibrahim Isa), disse as seguintes palavras: “Todas essas campanhas são puro controle social. Tá certo. Mas note bem, não é controle social esporádico. O que existe atualmente em implantação no mundo é uma concepção global de civilização na qual uma elite global prescreverá condutas para toda a humanidade. Condutas que saem da cabeça deles, por que eles acham que são mais que gênios, eles acham que são profetas que têm a solução de todos os males humanos e todo mundo tem que viver do jeito deles (...) Eles têm o poder de proibir uma coisa e tornar outra obrigatória”.

Não tenho grande estima pela referida figura e discordo das ideias dele em vários pontos, mas nesse caso não tem como discordar dele. Ainda mais quando estamos falando dos donos do poder mundial e os projetos de engenharia social deles, dos quais a questão dos direitos animais faz parte (diga-se de passagem, há horas em que eu acho que ler ou ouvir o Olavo de Carvalho é muito melhor e mais produtivo que ler muita gente de esquerda, incluindo tipos como Márcia Tiburi [a mesma Márcia Tiburi que recentemente postou na conta do Twitter dela um mapa da América do Sul de ponta cabeça com os nomes das principais cidades brasileiras e dos países sul-americanos em tupi, sob o pretexto de “decolonização”], Socialista Morena, Jean Wyllys, Quebrando o Tabu, Mídia Ninja e outras figuras afins).

E, a propósito, interessante notar que o presente texto cita o nome de Scott Blais, que hoje é envolvido com o SEB. Pulo do gato à vista?

NOTA:

[1] United States Agriculture Department (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

sexta-feira, 15 de abril de 2022

A verdade sobre o Santuário de Elefantes do Tennessee (texto traduzido do inglês + comentários meus)

 

QUESTÕES:
- Alta taxa de mortalidade (17 mortes desde sua existência)
- Surtos de tuberculose (2009, 2010, 2012, 2014, 2015)
- Negar cuidado médico adequado
- Cuidado de pele e pé precário
- Uso de drogas sedativas em elefantes
- Os elefantes são mantidos em celas de aço e concreto
- Os elefantes têm lesões e machucados não tratados
- Exposição a frio extremo no inverno
- Uso de elefantes doentes/moribundos para obter “doações”.

-
O Santuário de Elefantes no Tennessee (SET) não é um paraíso para QUALQUER elefante. A instalação é estritamente responsável por mais de 17 mortes, com ao menos dois elefantes morrendo a cada ano (o USDA[1] confirma que o STE tem a maior taxa de mortalidade de elefantes em qualquer instalação nos EUA). Causas de morte incluem TB (tuberculose), doença dos pés, mas a maioria delas classificadas como “desconhecidas” pelo SET. Múltiplos surtos de tuberculose ocorreram no SET – Ceifando a vida de sete elefantes.

A LISTA COMPLETA DE MORTES PODE SER ENCONTRADA AQUI:
http://www.elephant.se/location2.php?location_id=253&show=4
-

É negado aos elefantes no SET o tratamento médico que é necessário, assim como tratamento precário aos pés e pele deles, que levou a doenças de pé como podridão do pé. O SET tem um histórico de uso de drogas sedativas nos elefantes deles – Quando Flora chegou, ela enlouqueceu e quase quebrou as barras de aço do cubículo dela e tem sido sedada desde então. Em 2009, o SET permitiu que uma elefanta chamada “Bunny” tivesse uma morte lenta e dolorosa. Bunny caiu do lado de fora, mas nunca a ajudaram a se erguer. Veterinários profissionais de animais exóticos recomendaram a eutanásia, mas o SET apenas manteve Bunny drogada com analgésicos antes que antes que ela fosse finalmente esmagada sobre o seu próprio peso 13 dias depois! O USDA citou o SET por negligência.

MOSTRADO AQUI:

Os elefantes no SET passam a MAIOR PARTE das vidas deles de pé em cubículos de puro concreto com barras de aço – sem substrato para aliviar os pés deles e prevenir artrite. É pura MENTIRA que eles entram e saem quando eles querem. Os cubículos podem ser até mesmo enferrujados e imundos – expondo os elefantes a muitas infecções ou doenças. Os elefantes não têm enriquecimento, então eles são deixados para ficar olhando as barras ou deitar no chão frio... Alguns elefantes até mesmo machucam a si mesmos, resultando em hematomas. A maioria é mantida isolada por períodos muito longos de tempo!


MAIS EVIDÊNCIA DE NEGLIGÊNCIA DO SET:









TRÊS MITOS SOBRE OS SANTUÁRIOS DE ELEFANTES (Geridos pelo pessoal dos direitos animais).

#1: "Todos os elefantes que chegam aos santuários são abusados e doentes” –  Absolutamente não. A maioria dos elefantes que estes santuários obtêm são saudáveis ou tomados de seus donos humanos legítimos, por causa deles ninguém deveria ter um elefante sob os cuidados deles, a não ser a faculdade deles. Há alguns casos de elefantes doentes ou maltratados, mas raramente. Para eles e a ideologia deles, todos os elefantes sob o cuidado humano são abusados e estão sofrendo...

#2: "Elefantes recebem o melhor tratamento possível nos santuários” – Definitivamente falso. Muitos zoológicos certificados e mesmo circos bem administrados dão aos elefantes deles tratamento melhor que alguns santuários. Elefantes em santuários não recebem o melhor tratamento de pé ou de pele – já que não são dados a eles banhos ou pedicures regularmente visto que Contato Livre não é usado. Espera-se que os elefantes tomem seus próprios banhos em lamaçais ou lagos. Os santuários são notórios por não proverem cuidado médico próprio e negar eutanásia humana a elefantes que estão mortalmente doentes ou desabaram. Surtos de tuberculose são mais propensos a acontecerem em Santuários, por que diferente de zoológicos ou circos, eles não verificam sinais de doença mortal semanalmente ou mensalmente, que também colocam em risco funcionários.

#3: "Elefantes em Santuários são felizes e livres” – Os santuários ainda assim são cativeiro, então lá não há liberdade. Não é porque eles têm acres para vagar e pastar que isso os torna livres. Vagar e pastar nem mesmo é exatamente um sinal de felicidade, é meramente a rotina diária do elefante. Há muitos casos nos quais elefantes nem mesmo se juntam ou parecem interessados com outros elefantes, em especial estranhos com os quais eles não cresceram. Os santuários de elefantes são até mesmo hipócritas – já que eles têm os elefantes deles em baias enjauladas, ainda os amarram e os expõem a um clima muito frio por longos períodos.

NOTA: NEM TODOS OS SANTUÁRIOS DE ELEFANTES CONSIDERADOS SÃO RUINS, POR FAVOR, APOIE ESTAS INSTALAÇÕES VERDADEIRAS QUE SÃO LAR PARA ELEFANTES APOSENTADOS:

- Endangered Ark Foundation (https://www.endangeredarkfoundation.org/)
- Riddle's Elephant Sanctuary (https://www.elephantsanctuary.org/)
- Elephantstay (​http://elephantstay.com/)

Fonte: TRUTH ABOUT TES - Bring Nosey Home (weebly.com)

MEUS COMENTÁRIOS:

O que o pessoal dos direitos animais parece ignorar é que, como dizia o ilustre e saudoso Roberto Avallone (que Deus o tenha em boas mãos), uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Uma coisa é o elefante em seu habitat natural, que nasceu, cresceu e viveu uma vida toda em uma manada ao lado de outros elefantes. E outra bem diferente é o elefante criado sob o cuidado humano. Que por sua vez acaba estabelecendo laços com seus tratadores e até mesmo com outros animais. Digamos que para um elefante como o Sandro, criado em cativeiro desde tenra idade, a manada dele são os tratadores humanos deles. É que nem um cachorro que considera a família humana dele como se fosse a matilha dele (e depois essa mesma gente se estarrece com os ditos negadores da ciência que professam coisas como terraplanismo e criacionismo).

No último texto que traduzi e postei no blog, “quatro razões pelas quais você não pode boicotar circos ou zoológicos” (tirado do mesmo site do presente texto, diga-se de passagem), uma passagem que me chama muito a atenção é uma do prefácio que coloca em dúvida se por um acaso tirar animais de circos e zoológicos irá acabar com o assim chamado “abuso” e se isso está ajudando de fato os animais ou lhes trazendo mais mal que bem. Pois bem, casos como o do Santuário de Elefantes do Tennessee mostram o contrário do que os zelotes dos direitos animais apregoam por ai.

É que nem o caso do cigarro, sobre o qual o Olavo de Carvalho (vulgo Sidi Muhammad Ibrahim Isa) falou em várias ocasiões. Não tenho lá grande apreço pelo Olavo de Carvalho (finado em janeiro desse ano), por conta de uma série de posicionamentos políticos dele (sobre os quais não cabe aqui me aprofundar).

Mas há algumas coisas com as quais eu concordo com ele, e uma delas é quando ele toca na questão dos interesses nebulosos da indústria farmacêutica (vulgo Big Pharma), o questionamento da lisura dessas campanhas contra o cigarro e em favor da liberação de narcóticos mais pesados como maconha e cocaína e da verdadeira finalidade das mesmas. Que, como ele mesmo falou várias vezes, nada tem haver com saúde pública, e sim com controle e engenharia social.



Em algumas ocasiões ele citou o exemplo da Califórnia. A Califórnia é atualmente o Estado dos Estados Unidos que de modo geral vem se mostrando o mais neurótico no que tange às assim chamadas pautas progressistas, incluindo a pauta contra o cigarro e também a pauta pelos direitos animais (vide o Projeto de lei do Senado 716, de 2015, que prevê, entre outras coisas, a proibição do uso da guia especial no manejo e adestramento de elefantes, chamada de ankus na Índia e pejorativamente chamada em inglês de “bullhook”). A despeito de toda a campanha que se fez contra o cigarro na Califórnia, a ponto de nos últimos 20 anos reduzir-se em um terço o número de fumantes, o número de casos de doenças pulmonares e cardíacas não diminuiu em nada e o número de casos de asma quadriplicou.

E com o assim chamado movimento pelos direitos animais é a mesma coisa. O mesmo esquema de engenharia e controle social cujos zelotes dizem lutar pelo bem estar animal, mas que na verdade apenas os usa como instrumento para levar adiante uma agenda de engenharia e controle social sobre as pessoas tal qual aquela vista nas campanhas contra o cigarro e que também se encontra, por exemplo, nesses movimentos que falam na necessidade da implantação de uma linguagem neutra (ou não binária, como alguns desses “desconstruídos” e “empoderados” falam).

E por que falar sobre esse assunto e o que isso tem haver com o caso do elefante Sandro? Tudo, absolutamente tudo. Para que nós tenhamos uma noção do tipo de lugar ao qual o elefante idoso será enviado (se nada for feito no sentido contrário). Um lugar no qual, entre outras coisas, visitas públicas não são permitidas e aos quais até há uma palavra “carinhosa” para se referir a eles em inglês: “scamtuary”, que consiste da junção das palavras “scam” (embuste, cambalacho) com “santuary” (santuário).

Que fique bem claro o seguinte: hoje eles confiscam os elefantes dos zoológicos e circos, os touros dos rodeios e os cavalos, frangos e porcos das fazendas. Amanhã, será a vez de essa mesma gente começar a confiscar nossos cães, gatos, coelhos, peixes e aves e enviá-los aos abrigos deles. Nos quais ao menos uma boa parte deles será sumariamente morta. Esse é o resumo da ópera.


[1] United States Department of Agriculture (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, na sigla em inglês).

O ataque aos zoológicos brasileiros: análise de leis

  Foto – Entrada do zoológico de São Paulo, o maior da América Latina. Se alguém achava que o ataque que antes foi perpetrado contra os ci...